Por Henrique Coelho, jornalista
Nos tempos atuais, a luta tem sido difícil e a expectativa é que seja mais ainda, com o passar dos dias. E temos muita dificuldade na região: equipamentos, pessoal, instalações. Ainda bem que a ideia de determinar que um equipamento público, que antes ainda não estava cumprindo o seu papel de ser ambiente de cuidado com a saúde, começará a fazer o seu trabalho.
E essa iniciativa é muito importante na região do Sisal. É a primeira, vale-se ressaltar. A população de Araci poderá contar com um PSF duplo, equipado para que até duas equipes completas de atendimento possam fazer o trabalho de cuidar dos moradores que estejam com suspeitas de terem contraído este novo vírus, que está assolando nosso país, causando medo e mortes. Lá também terá além dos equipamentos prioritários para atendimento, uma ambulância preparada para transportar o paciente em estado grave, para uma instituição maior, na capital. Inclusive, hospitais da rede pública de Salvador estão sendo preparados para receber novos e mais pacientes que tenham sido contaminados.
Mas, temos todos que entender que o local será exclusivo para atender a quem realmente precisa dessa atenção: sintomas de gripe mais forte, e principalmente quem tiver com dificuldade severa de respirar. Este é o ponto chave para entender que você pode estar contaminado. Não procurem o Hospital Municipal, porque lá você além de não ser atendido (o que fará com que você demore mais de entender o que está acontecendo em seu corpo) você pode estar infectando pessoas ou sendo infectado por outras pessoas que ainda não sabem que estão doentes, já que pelo período de 7 dias pelo menos, o vírus não se manifesta em seu corpo. O problema do Coronavírus é que ele é até 20 vezes mais forte do que o vírus Influenza, dizem especialistas. Neste momento, todo cuidado é pouco.
Vamos nos cuidar. Vamos cuidar dos nossos entes queridos. Mas, antes de tudo, não vamos atrapalhar o trabalho de quem está obrigatoriamente nas ruas, lutando contra o vírus. Se estivermos em casa, acolhidos, cuidando de nossa higiene e daqueles que podem precisar de ajuda, como os idosos, já estaremos ajudando a diminuir as dificuldades que os profissionais de saúde e de segurança ainda enfrentarão pela frente, estando na linha de frente. Quem sabe se pensarmos mais no que eles enfrentarão por serem obrigados a estarem ali no atendimento, ou na proteção, entenderemos. Não custa nada se colocar no lugar deles: será que estamos preparados? Será que enfrentaríamos com a qualificação que eles tiveram para isso? Pense.
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